Certo dia, Cinderela
Bateu asas e voou
Passarinho dera a ela
Uma nave de tricô
Lá em Júpiter
Aquecida
A moçá só viu
Maçã
Fez um roque
Atrevido
Uma marchinha
Pro Irã
Ao chamarem-na:
- Comunista!
(oportunista, VJ de programa de entrevista - aí pode ser qualquer coisa...)
Cinderela se
Tocou:
- Nesta vida,
Sou artista
Ou encontro
O meu
,O meu o quê mesmo?
E caiu.
sábado, 13 de dezembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Ser (ou não seremos?)
Edgar Allan Poe
sia
mês que vem...
Hoje tem
pó Ema
Thompson Bayer Roche
Ache-
-se
mês que vem,
tudo der certo,
suco de laranja
apenas
a penas
duras
(antes elas do que eu)
sereia
dona, dona, dona de si
me
tria
gem
dona de casa
Donna Lewis!
:
- Emas estão em extinção.
Nós também
tão bem
serenos
estomazis
Temo azia
Teimosia...
sia
mês que vem...
Hoje tem
pó Ema
Thompson Bayer Roche
Ache-
-se
mês que vem,
tudo der certo,
suco de laranja
apenas
a penas
duras
(antes elas do que eu)
sereia
dona, dona, dona de si
me
tria
gem
dona de casa
Donna Lewis!
:
- Emas estão em extinção.
Nós também
tão bem
serenos
estomazis
Temo azia
Teimosia...
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
uni versos
agora
uni versos
uni-dados
versão
aversão
conversão
x X y = 1
y X x = 1
verso
versus
inverso =
= universo = z = 1
x X y =
= y X x =
= 1/y X y =
= x X 1/x
= z = 1
universo = unidade
uni versos
uni-dados
versão
aversão
conversão
x X y = 1
y X x = 1
verso
versus
inverso =
= universo = z = 1
x X y =
= y X x =
= 1/y X y =
= x X 1/x
= z = 1
universo = unidade
sexta-feira, 30 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
quarta-feira, 14 de maio de 2008
terça-feira, 13 de maio de 2008
sexta-feira, 2 de maio de 2008
anchôva
não quero tártaro
nem tartarugas
e rugas menos
não quero
rusgas
nem rasgações,
à luz da vela,
de seda
(veladas)
rasgadas
sejam
as roupas
da rainha
da Inglaterra
e que as
mocréias
se realizem
peladas
nem tartarugas
e rugas menos
não quero
rusgas
nem rasgações,
à luz da vela,
de seda
(veladas)
rasgadas
sejam
as roupas
da rainha
da Inglaterra
e que as
mocréias
se realizem
peladas
terça-feira, 29 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
quarta-feira, 26 de março de 2008
oOO BUnda o o o O
Para o pobre
coitado,
bunda
Para acompanhar
o samba,
bunda
Para acompanhar
o gringo,
bunda
Para a celulite,
nenhuma solução.
coitado,
bunda
Para acompanhar
o samba,
bunda
Para acompanhar
o gringo,
bunda
Para a celulite,
nenhuma solução.
terça-feira, 25 de março de 2008
quarta-feira, 12 de março de 2008
segunda-feira, 3 de março de 2008
Putaria
Esquerda, direita, esquerda, direita. Esquerda. Direita. Meus dedos marcham o seu corpo nu. Helena é um copo de leite pela manhã, pão-de-açúcar, o seio esquerdo maior que o direito. Ela seio, eu cuspe.
Bruta. Helena é forte e bruta; bruta porque defende em si toda a infância da vida. Helena é um mundo sem fim. É garoto imundo embaixo da marquise. Ouvi dizer que, quando tem as suas crises, Helena é qualquer outra coisa. Mariposa, larva, ovo. Uma ova! Mulher Helena é lobo: lobo em pele de lobo. É mulher, é maluco, é gasolina. É serpentina fora de época.
Eu desejo que todo carnaval de Helena não acabe; que essa noite não acabe nunca. Jabor diz que sexo é genitália. Helena diz o que tenta disfarçar qualquer malandro, qualquer canalha. E nem por isso é menos ordinária (na auto-acusação há um quê de volúpia...). É que ela não se finge de otária. Não é. Helena é orgulho, é futuro, é foda. Eu quero mais é que ela me fôda.
Pássaro, peste, margaridas. Helena naquela sua calça comprida vestida numa perna só. Só assim não tinha mais jeito. Ela me dava o que era de direito e eu agradecia. Eu era culpada, vadia, constrangida e sapatão. Helena era um rojão e todas aquelas frases...Ai. Eu, Sofia, safada, católica, paquita, ouvia o que não era mais confissão. Eu lambia, ela lambia. Eu gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia
Bruta. Helena é forte e bruta; bruta porque defende em si toda a infância da vida. Helena é um mundo sem fim. É garoto imundo embaixo da marquise. Ouvi dizer que, quando tem as suas crises, Helena é qualquer outra coisa. Mariposa, larva, ovo. Uma ova! Mulher Helena é lobo: lobo em pele de lobo. É mulher, é maluco, é gasolina. É serpentina fora de época.
Eu desejo que todo carnaval de Helena não acabe; que essa noite não acabe nunca. Jabor diz que sexo é genitália. Helena diz o que tenta disfarçar qualquer malandro, qualquer canalha. E nem por isso é menos ordinária (na auto-acusação há um quê de volúpia...). É que ela não se finge de otária. Não é. Helena é orgulho, é futuro, é foda. Eu quero mais é que ela me fôda.
Pássaro, peste, margaridas. Helena naquela sua calça comprida vestida numa perna só. Só assim não tinha mais jeito. Ela me dava o que era de direito e eu agradecia. Eu era culpada, vadia, constrangida e sapatão. Helena era um rojão e todas aquelas frases...Ai. Eu, Sofia, safada, católica, paquita, ouvia o que não era mais confissão. Eu lambia, ela lambia. Eu gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia, gemia
Futuro do Pretérito - Parte 4
Bebíamos vodka e saliva nos intervalos. Eu e Sofia dividíamos tudo: o quarto, a cama e a vida. Nós éramos uma e mais dois ou três. Nos devorávamos, alimentávamos uma da outra. Fomos até vampiras antes de caipiras, hippie-chics, paranóicas e madre -terezas de araque.
Sofia gosta de Henri e também gostava de mim. Ele não conseguiu conceber sentimento tão avesso às escrituras e a deixou. Irresitível é aconchegar-se na certeza de um conto de fadas.
Henri tornou-se o príncipe de orgulho e testa feridos, e eu a fada madrinha hipocondríaca a acobertar qual fosse a desilusão. Ele tinha a puta libertina e a assumia. E não foi capaz de enxergar a mulher que emergia em meio àquele monte de disse-me-disse e menáge a troi.
Sofia gosta de Henri e também gostava de mim. Ele não conseguiu conceber sentimento tão avesso às escrituras e a deixou. Irresitível é aconchegar-se na certeza de um conto de fadas.
Henri tornou-se o príncipe de orgulho e testa feridos, e eu a fada madrinha hipocondríaca a acobertar qual fosse a desilusão. Ele tinha a puta libertina e a assumia. E não foi capaz de enxergar a mulher que emergia em meio àquele monte de disse-me-disse e menáge a troi.
domingo, 2 de março de 2008
Futuro do Pretérito - Parte 3
Alguns holandeses não cheiravam muito bem, e aquele perfume forte e de mau gosto desafiava a escolhida do Marquês de Sade. Imagine o que não nos causava, burguesinhas de merda, duras, dando pra coroas em troca de um trocado?
O dia era todo vermelho. Éramos duas putonas ensandecidas, aprendizes de terroristas fugidos e de putas de maior quilate. Tínhamos o corpinho bem delineado. Eu, que sempre quis usar delineador, nem lá na Holanda eu consegui.
No dia em que eu aprender a aplicar maquiagem, no rosto que seja, serei capaz de dominar o mundo. Eu e Sofia queríamos dominar o mundo.
O dia era todo vermelho. Éramos duas putonas ensandecidas, aprendizes de terroristas fugidos e de putas de maior quilate. Tínhamos o corpinho bem delineado. Eu, que sempre quis usar delineador, nem lá na Holanda eu consegui.
No dia em que eu aprender a aplicar maquiagem, no rosto que seja, serei capaz de dominar o mundo. Eu e Sofia queríamos dominar o mundo.
Futuro do Pretérito - Parte 2
Não tenha medo nem pena do Lobo Mau! - eu lhe encorajava as revoluções. A essa altura, éramos todos bichos. Porcos e cobras e cabras também. Agora era tudo ou nada.
Quando enfim putas braZucas xenófobas em território alheio, eu e Sofia nos divertíamos pela quase improvável madrugada. E nos vimos presas: eu aos meus ideais, ela a seu onírico passado.
Quando enfim putas braZucas xenófobas em território alheio, eu e Sofia nos divertíamos pela quase improvável madrugada. E nos vimos presas: eu aos meus ideais, ela a seu onírico passado.
Futuro do Pretérito - Parte 1
Ele disse não. Henri nunca mais atendeu a um telefonema e, quando o fez, resumiu-se a um basta. Amava Sofia mas não seria capaz de suportar mais de um de seus dias sem tempo, mais um segundo de seu silêncio.
Na última vez que que se viram, Henri e Sofia, ele nem sequer provou de seu sexo, mas, passarinho que é, encheu os alvéolos de ar de professor para falar a Sofia sobre o que ela deveria aprender - o termo fez questão de frisar.
Condenada ao tempo incerto, Sofia obsecava-se sob o cárcere da recente perda. E como chorava. Queria morrer - confessou-me. Eu disse que não. Conjeturei como seria viver a seu lado. Inveja boa.
Sozinha, Sofia tinha hoje os olhos na janela. Nem um centímetro a mais. Seu pensamento sempre foi mais longe.
Na última vez que que se viram, Henri e Sofia, ele nem sequer provou de seu sexo, mas, passarinho que é, encheu os alvéolos de ar de professor para falar a Sofia sobre o que ela deveria aprender - o termo fez questão de frisar.
Condenada ao tempo incerto, Sofia obsecava-se sob o cárcere da recente perda. E como chorava. Queria morrer - confessou-me. Eu disse que não. Conjeturei como seria viver a seu lado. Inveja boa.
Sozinha, Sofia tinha hoje os olhos na janela. Nem um centímetro a mais. Seu pensamento sempre foi mais longe.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Você me engoliu
Você me engoliu. Você me engoliu e regurgitou um pintinho, ovo que comeu no almoço. Eu estava correndo, correndo, correndo, correndo. Sabe? Em direção à árvore. Você estava atrás da árvore e fugiu. Dizia... “Vem, vem aqui me pegar”. Você não dizia, mas botava a perna pra o lado de fora – da árvore –, tipo teste psicotécnico; a perna e o rosto. Você era a chapeuzinho.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Poema Riscado
me arrisquei
e risco
viro a página
se faz-se
necessário
mas não tranquei
meus desejos
no armário
nem me pergunto
como então
seria
e risco
viro a página
se faz-se
necessário
mas não tranquei
meus desejos
no armário
nem me pergunto
como então
seria
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Amor
Cheguei em casa e ela estava se trocando. Toalha à altura do umbigo e uma blusa de malha, fininha, fingindo-lhe cobrir os seios. Sentei à minha cama.
Enquanto se arrumava, Helena mantinha-se de costas por um respeito inviolável a mim. Eu aproveitei para olhar.
Ela tinha as costas fortes e, ainda assim, delicadas. Pensei que essas revoluções não lhe foram de todo o mal.
...
O que sobrou de sua ternura é esse sorriso meio tímido, meio docemente maligno (ele mente), que me chama agora, pra onde eu estou indo? Pra que ternura no século XXI?
...
Enquanto se arrumava, Helena mantinha-se de costas por um respeito inviolável a mim. Eu aproveitei para olhar.
Ela tinha as costas fortes e, ainda assim, delicadas. Pensei que essas revoluções não lhe foram de todo o mal.
...
O que sobrou de sua ternura é esse sorriso meio tímido, meio docemente maligno (ele mente), que me chama agora, pra onde eu estou indo? Pra que ternura no século XXI?
...
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
domingo, 20 de janeiro de 2008
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