Ele disse não. Henri nunca mais atendeu a um telefonema e, quando o fez, resumiu-se a um basta. Amava Sofia mas não seria capaz de suportar mais de um de seus dias sem tempo, mais um segundo de seu silêncio.
Na última vez que que se viram, Henri e Sofia, ele nem sequer provou de seu sexo, mas, passarinho que é, encheu os alvéolos de ar de professor para falar a Sofia sobre o que ela deveria aprender - o termo fez questão de frisar.
Condenada ao tempo incerto, Sofia obsecava-se sob o cárcere da recente perda. E como chorava. Queria morrer - confessou-me. Eu disse que não. Conjeturei como seria viver a seu lado. Inveja boa.
Sozinha, Sofia tinha hoje os olhos na janela. Nem um centímetro a mais. Seu pensamento sempre foi mais longe.
domingo, 2 de março de 2008
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