sábado, 16 de fevereiro de 2008
Você me engoliu
Você me engoliu. Você me engoliu e regurgitou um pintinho, ovo que comeu no almoço. Eu estava correndo, correndo, correndo, correndo. Sabe? Em direção à árvore. Você estava atrás da árvore e fugiu. Dizia... “Vem, vem aqui me pegar”. Você não dizia, mas botava a perna pra o lado de fora – da árvore –, tipo teste psicotécnico; a perna e o rosto. Você era a chapeuzinho.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Poema Riscado
me arrisquei
e risco
viro a página
se faz-se
necessário
mas não tranquei
meus desejos
no armário
nem me pergunto
como então
seria
e risco
viro a página
se faz-se
necessário
mas não tranquei
meus desejos
no armário
nem me pergunto
como então
seria
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Amor
Cheguei em casa e ela estava se trocando. Toalha à altura do umbigo e uma blusa de malha, fininha, fingindo-lhe cobrir os seios. Sentei à minha cama.
Enquanto se arrumava, Helena mantinha-se de costas por um respeito inviolável a mim. Eu aproveitei para olhar.
Ela tinha as costas fortes e, ainda assim, delicadas. Pensei que essas revoluções não lhe foram de todo o mal.
...
O que sobrou de sua ternura é esse sorriso meio tímido, meio docemente maligno (ele mente), que me chama agora, pra onde eu estou indo? Pra que ternura no século XXI?
...
Enquanto se arrumava, Helena mantinha-se de costas por um respeito inviolável a mim. Eu aproveitei para olhar.
Ela tinha as costas fortes e, ainda assim, delicadas. Pensei que essas revoluções não lhe foram de todo o mal.
...
O que sobrou de sua ternura é esse sorriso meio tímido, meio docemente maligno (ele mente), que me chama agora, pra onde eu estou indo? Pra que ternura no século XXI?
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